Da Redação | Prefeitura de Hortolândia
Apresentação integra programação oficial da Prefeitura para a Semana da Consciência Negra
A cantora, compositora e percussionista carioca Leci Brandão apresenta-se, gratuitamente, em Hortolândia, nesta sexta-feira (19/11), às 21h30, na Unidade Cultural “Arlindo Zadi”, localizada na Rua Graciliano Ramos, 280, no Jardim Amanda. O artista Jura do Pote, baiano radicado em Hortolândia, abre a apresentação, às 21h, com o espetáculo “As raízes que nos sustentam a trouxa na cabeça”. As atrações integram a programação oficial da Prefeitura para a Semana da Consciência Negra, que se estende até terça-feira (23/11), com atividades presenciais e pela internet (veja folder anexo).
Com o tema “Manifestações Afros, Lutas e ‘Re-Existência’”, a Semana terá, ainda nesta sexta-feira, feira de afroempreendedorismo, às 18h; mesa de debate, às 19h; e batalha de rima, às 22h30. A abertura oficial, que contou com a presença do prefeito José Nazareno Zezé Gomes, foi na última quarta-feira (17/11), quando houve uma roda de conversa sobre a ideia de construir um novo olhar para o continente africano, com os professores Odair Marques da Silva e Raquel Batista.
No sábado, Dia da Consciência Negra (20/11), na Unidade Cultural, haverá feira de afroempreendedorismo, oficina de grafite, mesas de debate, batalha de break, oficina percussiva “Cortejo das Águas”, palestra e show com Ilcéi Mírian. Na segunda (22/11), será o lançamento do Instituto Mãe Eleonora Alves e, na terça (23/11), roda de conversa e o encerramento da exposição “Representatividade afro nas artes visuais”.
Além disso, famílias atendidas nos serviços de assistência terão programação sobre o tema. A Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social promove, mais dois eventos alusivos ao Mês da Consciência Negra, todos com o mesmo objetivo: combater o preconceito e a discriminação, promovendo o debate em torno do respeito à diversidade, valorizando a cultura afro-brasileira e a memória cultural brasileira. As ações são voltadas a famílias atendidas neste serviços. Para participar, não é preciso se inscrever. Na terça-feira (23/11), das 9h às 11h, no CCS (Centro de Convivência Social) Jd. Rosolém, localizado na Rua Guido Rosolen, 177, terá uma oficina do Paif (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família), que mescla roda de conversa com oficina de confecção de bonecas. Já no dia 25, haverá outra Oficina Paif, com roda de conversa e oficina sobre “A Influência da Cultura Africana na nossa alimentação”, com a chefe Aline Guedes, professora de Gastronomia em cursos superiores e pesquisadora da alimentação e comensalidade de quilombos remanescentes do Estado de São Paulo, com publicações no Brasil, Portugal, Espanha e Argentina.
Saiba um pouco mais sobre Leci Brandão
(as informações abaixo foram retiradas do site: Enciclopédia Itaú Cultural, disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa12146/leci-brandao)
Leci Brandão é cantora, compositora e percussionista. Atua na política e integra o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Muda-se para São Paulo e, em 2010, filia-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), pelo qual é eleita deputada estadual. A política permeia sua obra, como mostra em “Ponto de Cultura”, canção registrada em Cidadã da Diversidade – Ao Vivo (2013).
Nascida no bairro carioca de Madureira e criada em Vila Isabel, tem suas primeiras influências musicais ao escutar sambas e choros no rádio. Autodidata, na juventude aprende a tocar instrumentos de ritmo, como pandeiro e surdo. Aos 21 anos, compõe a primeira canção, “Tema do Amor de Você”. Em 1968, vence o programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti (1923-1986), cantando “Favela em Três Tempos”, “Minha Mensagem” e “Fim de Carnaval”. No começo da década de 1970, forma-se em direito na Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro.
Em 1972, torna-se a primeira mulher a integrar a ala de compositores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. No ano seguinte, apresenta “Quero Sim”, parceria com Darcy da Mangueira (1932-2008), no Encontro Nacional de Compositores de Samba. Em 1973, chega à final do festival Abertura, da Rede Globo, com “Antes que Eu Volte a Ser Nada”, canção composta pela artista e que dá nome ao primeiro LP. Em 1976, assina contrato com a gravadora Philips e lança Questão de Gosto, com nove sambas de sua autoria e “Mulatinho”, de Martinho da Vila (1938). Em 1977, lança Coisas do Meu Pessoal, cuja música “Ombro Amigo” é incluída na trilha sonora da novela Espelho Mágico da Rede Globo. Em 1978, grava Metades, com composições suas, de Ivan Lins (1945) e de Sandra de Sá (1955), e conta com participações dos músicos Paulo Moura (1933-2010) e Antonio Adolfo (1947).
Em 1980, lança o último álbum pela Philips: Essa Tal Criatura, cuja música homônima é finalista do Festival MPB 80 da Rede Globo. Leci fica cinco anos sem gravar discos e retoma sua carreira pela gravadora Copacabana, em 1985, com Leci Brandão, um dos álbuns de maior sucesso da carreira. No repertório, diversas músicas tornam-se hits nas rádios, como “Zé do Caroço”, “Isso É Fundo de Quintal”, “Papai Vadiou” e “Deixa, Deixa”. Dois anos depois, lança Dignidade, com destaque para as canções “Só Quero te Namorar” e “Me Perdoa Poeta”. Nos anos seguintes, mantém a aceitação popular com os álbuns Um Beijo no Seu Coração (1988) e As Coisas que Mamãe Me Ensinou (1989). De 1986 a 1994, atua como comentarista dos desfiles das escolas de samba nas transmissões da Rede Globo, função que retoma em 2002. Em 1990, conquista o prêmio Sharp pelo álbum Cidadã Brasileira – Leci Brandão da Silva. Nos anos 2000, lança cinco discos, além do DVD Canções Afirmativas, em 2007. Em 2011, a gravadora EMI lança a coletânea O Canto Livre de Leci Brandão.
SERVIÇO:
Semana da Consciência Negra de Hortolândia: “Manifestações Afros, Lutas e ‘Re Existência’”
De 16 a 23/11/2021
Hora: das 8h30 às 11h30