Mestre Chiquinho aprendeu a arte da viola de forma autodidata, quando veio morar em Hortolândia, no ano de 1976. Atualmente, ele dá aulas de viola caipira e violão na Estação Jacuba.
A viola chegou ao Brasil colonial trazida pelos padres da Companhia de Jesus, sendo usada como um instrumento auxiliar na cristianização dos indígenas e na realização das missas. No sertão do território, passou a ser chamada de viola cabocla, viola caipira ou viola brasileira. Com o passar dos anos, ela passou a acompanhar os bandeirantes e tropeiros em suas viagens na condução do gado, na busca de ouro e na captura dos indígenas. Enquanto a moda de viola portuguesa era uma música da elite que exaltava os atos heroicos e a beleza do amor, no Brasil ela passou a tratar de temas nativos, como as aventuras dos boiadeiros e dos homens do campo.
O instrumento é um dos símbolos da cultura caipira paulista, caracterizada como a tradição regional do Médio-Tietê. Dentre os principais ritmos vinculados a essa cultura estão o cururu, a toada, a embolada, a guarânia, o pagode caipira e o cateretê, dentre outros.